sábado, 9 de agosto de 2008

Um show de ofertas para você!

Coisa chata, essas oliempíadas. Sou mais almoçar e ir fazer qualquer coisa de uma cidadã normal à ficar assistindo as coberturas de coberturas de jogos e afins. A ponto de ir ao BIG comprar nada importante.

Banhin, tô pronta. Tomara que não demore muito, esse Sarandi/Sertório. Sento num pedaço da escada do posto de saúde à esperar o bus. Tô há tempos pra escrever uma música que ás vezes me vem a cabeça... Tá nascendo. Penso em sua letra, dita aos poucos e friamente:

"Frias
Frias
As manhã e noites estão friiias"

Daí me vem um 'denguidenguidenguidenguidêênguidengui' pras guitarras... Nasceu uma parte.

Se eu deixar assim, esquecerei. Abro meu celular e discretamente o aproximo da minha boca. Canto a letra e as guitarras. Rsrs... Só eu. O bus vai partir. Passe livre. Ah é, hoje tem vacina.

Algumas paradas dele depois, sobem uns guris no bus, com instrumentos. Parecem não-mangolões. Fiquei curiosa. Sentaram atrás de mim, ouvi um pouco da conversa sobre a banda e afins. Mas aí uma mulher, que não devia ter mais de 20 e poucos anos, pede licença pra sentar ao meu lado. Olhei pra ela e disse sim. Ela me olha profundamente e pergunta:

"Vai passear?"

Eu olhei, olhei, e disse sim. Ela me vem de novo:

"Sozinha?"

Seguro meu celular com mais força e digo sim. E ela:

"Humm. Bom, né." E me larga um sorriso.

Virei pra janela e não me atrevi à olha-la mais, vai que ela pergunta mais alguma coisa. Ela desceu ainda dentro do bairro, em direção à outra vila daqui de perto. Estranho.

Minha parada vem chegando, eu já esqueci da mulher e ainda tô curiosa por aqueles guris. Não me contenho, viro pra trás, comento da banda e trato logo de saber o nome.

"Sou Nathi. Vou procurar vocês. Tchau!"

"Tchaau!" - coletivo (eram 3 guris).

Ao chegar no BIG, o furdúncio típico de sábado no BIG. Cato o que quero, sem pressa. Cuido pra não passar do orçamento. Mas pego uma caneta e Pringles que não eram tão necessários. Mazaah! Tem café de amostra grátis hoje! Não tá pronto, então dou uma enrolada e espero ficar pronto. Tri bom, o troço. Se não me engano é "3 corações" a marca.

O caixa rápido não estava rápido. Sobrou R$, vou pro Pastelino Café. Pão de queijo ou branquinho pra acompanhar o café? Branquinho me sorriu mais. Sento numa mesinha; de uma lado a lotérica, do outro os caixas. Devia ter ficado de frente pra TV. Bah, chutei no goleiro... Acho que o pão de queijo tava valendo mais, esse branquinho nem tá tão tri.

Pego a sacolinha que denuncia que estive no BIG, em direção àquele paradão infernal da Sertório em que todo pobre da zona norte pega bus. Urgh...

Milagre, bus não lotado. Todos os sertórios estão sempre lotados quando eu preciso deles. Não sou de pegar Sertório. Gosto do 615, pena que circulam mais só aos findis.

Me vejo no reflexo do vidro em que separa a frente e a trazeira da roleta. Gosto de me ver nesses reflexos, pois não fico tão clara. Rosto tri, o meu. Aham.

3 comentários:

Unknown disse...

Tu consegue fazer de qualquer passeio, único e divertido.
Tu extrai tudo de todos os lugares, principalmente as coisas simples.
Cada dia que passa minha tese que tu és de outro mundo aumenta.
Hhauhauhauauha, mas falando sério, tu é foda.

Anônimo disse...

o texto ta tri, mas vc foge muito rapido dos assuntos,
Obs.: Para uma futura jornalista esportiva, acho que vc deveria se interessar mais sobre as olimpiadas , e n somente pelos campeonatos brasileiros de futebol

Unknown disse...

huahuau,!!!muito legal tuas histórias,ainda mais legal em ver que tivemos uma breve passagem por uma delas...no caso, os tres não-mangolões....

brilhante!!!!