quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Que valha a saliva!

E se eu tivesse que correr, correr, correr, pra qualquer lugar menos onde já estou... E se tudo o que eu conheço pegasse fogo, qual seria o meu lugar? E se nada mais fizesse sentido, uma estranha em qualquer leito, jogada em qualquer lugar sobre qualquer influência sendo julgada por tudo e por todos (nem tão distante da realidade assim; apenas num caos alternativo) ...

E se eu jamais esquecer as características de uma reação química endotérmica, uma exponencial de tal grau e os renomes do regime militar? Serei inteligentemente perspicaz para usar isso no meu cotidiano? E se eu esquecer tudo após ler meu nome na lista de aprovados da UFRGS e tomar um porre tão violento que destrua vários neurônios de uma só vez? Qual terá sido a diferença no final?!!!

E se eu mergulhar num mundo de saudades de tudo e de todos, em que julgamentos não eram explícitos, onde eu tinha créditos para errar em minhas decisões, desculpas para tomar um caminho errado e mesmo com tanto poder não fazia nada além da conta?

E se eu pegar uma amiga pelo braço (that's u honey Driiks!) e encher um carrinho de bebida e tomar o porre, terei perdido algo? Terei feito algo a mais? "Além da conta"? Vomitarei?

Mudo a todo instante, toda hora, sem querer ou mesmo perceber, feliz ou triste, envelhecendo ou estagnando... Mudo... Mudo aceleradamente e inconstantemente.

Já não quero mais o que queria ontem. Sem pedir o perdão de ninguém. Simplesmente já não quero. Quero algo que não tenha experimentado, algo barato, algo caro, pra ver se vale a grana. Se vale o tempo, o sorriso, a sola do all star, o suor... Se vale o meu amor, minha dedicação, meu esforço em não dormir e deixar de prestar atenção num discurso. Meu respeito.

Taí, algo que valha meu respeito. Algo que me leve, me guie, me mostre. Melhor, deixa eu ir e ver sozinha. Me mostrem qualéqueé dessa viagem chamada vida. Acho que tô lonjããão de saber. Que bom, tô com disposição mêrmo.