Não foi ignorando totalmente os x’s e y’s que o mais sábio dos matemáticos resolveu as equações que o atormentavam. Ignorar também não é comigo. Sei a hora de não dar bola ou fechar os olhos, mas não me peçam passividade como doutrina. De alguma forma sempre há reação, em qualquer situação. O que não faz de nós um bando de seres inflamáveis, esperando um toco de cigarro queimando.
A sociedade é uma selva porque assim tem que ser. Se fosse possível estar seguro em qualquer sentido em qualquer lugar, qual seria o sabor em tentar o novo? Nada do que fizéssemos nos ferraria. Nada. A apelativa mesmice do nada. Sem esquecer que nesta selva, o objetivo final acaba sendo ferrar alguém, e essa segurança acabaria de vez com qualquer brincadeira do tipo.
A selva é selva com o intuito de equilibrar passividade e reação. E ignorar isso “não é o momento”, já diria meu irmão. Tem gente que adora uma oportunidade de ver quem grita mais alto, tem gente que prefere discutir a sós colocando os pingos nos i’s. Come-se a pimenta, bebe-se a água, e ao final de tudo não vale a pena provar os dois? Pra quê ignorar as diferenças e problemas, se dar a cara à tapa e orgulhar-se da tentativa é tão mais gostoso.
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