Criado em 8 / 2 / 2009:
Eu tenho alguns anéis. Tenho usado mais dois deles: um é o que chamo de azulejo, pois é uma pedra relativamente grande parecida com isso, lilás. O comprei numa loja de ornamentos exóticos da Cidade Baixa. O outro é uma bijuteria simples cor de prata, com uma estrela e strass's cor de brilhante, de uma loja da Assis.
Hoje fui almoçar em Canoas, na casa dos familiares de minha dinda. Ela tem uma irmã que mora na Argentina, e hoje ela e sua filha Daiana voltariam para seu país após passar as férias aqui. Minha dinda tem também uma sobrinha chamada e Ágata, que mora em Canoas e também estava no churrasco de hoje.
Lá o portunhol era bonito de se ver e engraçado de se ouvir. A mãe de Daiana elogiou meu anel de azulejo, e eu logo pensei 'será que isso é moda na Argentina?'. Porque aqui não é algo comum. Whatever.
Depois de tirar fotos minhas, Ágata pegou minha mão e me levou pra dar uma volta no vasto terreno cheio de árvores em torno da casa. Perguntou minha idade, me julgando com 15 anos. Eu disse que estava com fome, ela explicou minunciosamente seus hábitos alimentares... Almoça, come à tarde e "depois só torradas às 10h da noite". Ela disse que gostava de comer assim. Perguntei sua idade, ela queria saber se tenho namorado. Voltamos do passeio, sentei na roda de conversa embaixo das árvores. Me interei do que falavam, sendo envolvida pelo vento delicioso que por mim esbarrava. Ágata sentou no banco também ao meu lado. Me olhou e disse:
_ "Mas só metade da torrada."
Se risse, poderia magoa-la. Passei vontade e não ri.
Hora de servir-se do churrasco, e também hora de catar um lugar à mesa. Avistei Daiana, fui sentar perto dela. Ágata me puxou e não deixou. Isso mesmo: ficaram discutindo o dia inteiro. Ao me servir, Daiana viu meu anel e disse algo como:
_ "Que bonito tu anillo!"
Tirei-o e pus nela, quis da-lo. Ela educadamente recusou o azulejo. A essas alturas Ágara já bufava ao meu lado.
Não deu meia hora e Ágata pediu meu anel emprestado, subiu em cima de um carro e começou a se mostrar com o anel. Daiana almoçava tranquilmente, sabiamente ignorando.
À tarde foi Daiana quem pegou minha mão e me levou pra passear. Quis saber como era na Argentina, se ela tinha Orkut, coisas assim.
Não tire Ágata pra esperta ou viva. Daiana realmente gostou do anel. Ágata não está a frente de ninguém: Daiana que está, pois ouviu provocações o dia todo, às responder sem fazer birra e rebaixar-se. Apenas gostou do anel. Não pude deixar de analisar tudo isso.
_ Daiana, é teu. (sobre o anel)
_ "Tu não gosta do teu anillo?"
_ Gosto, mas quero te dar.
Ganhei um abraço forte e verdadeiro; latino. Depois avisei-a para cuidar dele, e ela timidamente disse:
_ "Na verdad, quando falei sobre o anillo, eu falei sobre o outro (de brilhante), no sobre este (azulejo)."
Claro, troquei com ela. Outro abraço. Ágata já tinha esquecido história, ainda bem.
Elas me curtiram, eu elas. Ambas beirando os 10 anos. Girls, girls. Daiana tem outra mentalidade, devem ser assim os argentinos. Entendo Ágata, sempre foi a menina da família, não gostou da presença da prima distante.
Ainda no terreno da casa, vi ganços (ou patos?) voando! Só nos rasantes.
Ágata foi embora primeiro. Depois fui eu quem voltei pra casa. Era o último dia de Daiana. Abraçei-a forte e depois mandei um beijo com a mão, à la xuxa.
Latinos, latinos... Que coisa.
Anel dado ----->
Um comentário:
Querida.
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