Sentada nessa cadeira azul eu fico olhando pros objetos, pro nada, segurando uma mecha de meus cabelos e cheirando... Ainda tem um cheiro bom, mas quero lava-los logo. Lava-los assim que chegar em casa à noite, depois de passar pelos obstáculos-animais que atendem - ou eram pra atender, na teoria - pelos nomes de Tom, Guga, Preta, Pitty e Banzé. É Banzé mesmo.
Onde estou só escuto o barulho da CPU do pc, só sinto meus pés quentes - depois de ficarem enxarcados pela chuva - , só vejo minha alma permanecer em silêncio e minha mente e coração desejarem um sorriso alheio.
Não é solidão, não é tristeza; bem longe. Estou quieta neste canto, estou muito bem aqui. Ás vezes gosto de ficar em silêncio comigo mesma. Final de ano... Bem que podia ter alguém aqui, pra me dizer qualquer coisa. Ou é melhor isto, apenas o barulho do CPU. Ou nem esse barulho.
O que quero? Não sei mais tanto. Carteirinhas (RG, CPF, inscrições), livros, curso, cursinho, grades, alternativas... Qual é a MINHA alternativa? Cansada demais pra pensar nisso.
É sexta-feira, pelo horário eu já poderia ter saído daqui há muito tempo... Há horas. Só que eu estou aqui. Aqui mesmo ou em pensamento aonde eu gostaria de estar? Estou aqui mesmo, apenas escrevendo o que vem à ponta dos dedos... Porque não sei onde gostaria de estar.
Tudo o que sei é que em tal hora sairei daqui, pra ir pra um lugar, do qual sairei tal hora e o ônibus rotineiro chegará a fim de eu desembarcar à algumas quadras dos meus cachorros e gatos.
Agora o silêncio daqui me incomoda. Já cansei de ficar sozinha. Meu corpo diz pra eu desligar de tudo e dormir. Não dá, tenho que ir. Um beijo.
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