quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Pois é

Observo muito muitas coisas, como o jeito de ser das outras pessoas, em especial as mulheres. Por outro lado sou desatenta pra coisas que a maioria das mulheres nem pisca.

Confuso, eu sei. Não estou conseguindo ser muito clara.

Ontem conversava sobre mulheres. Sobre sogras, mães, afeto. Analisei tanto a mãe dos outros, as sogras em geral, o conflito - ou mito? - que se criou sob as sogras, o cuidado das mães. Falei tanto, mas tanto... Então quis falar sobre a minha mãe, falar o quão foda ela é, enfim, fechar minha fala falando de ninguém mais ninguém menos do que minha mãe, ora bolas. Aí parei.

O silêncio chegou e chegou como sempre é, imponente. O que eu poderia falar dela? Eu falo o que me contam sempre. Eu falo o que meus olhos viram mas não lembram. Momentos que até vivi, mas não lembro.

Esse vazio é uma das poucas coisas na vida que consegue me calar a boca e amansar qualquer reação.