quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Pois é

Observo muito muitas coisas, como o jeito de ser das outras pessoas, em especial as mulheres. Por outro lado sou desatenta pra coisas que a maioria das mulheres nem pisca.

Confuso, eu sei. Não estou conseguindo ser muito clara.

Ontem conversava sobre mulheres. Sobre sogras, mães, afeto. Analisei tanto a mãe dos outros, as sogras em geral, o conflito - ou mito? - que se criou sob as sogras, o cuidado das mães. Falei tanto, mas tanto... Então quis falar sobre a minha mãe, falar o quão foda ela é, enfim, fechar minha fala falando de ninguém mais ninguém menos do que minha mãe, ora bolas. Aí parei.

O silêncio chegou e chegou como sempre é, imponente. O que eu poderia falar dela? Eu falo o que me contam sempre. Eu falo o que meus olhos viram mas não lembram. Momentos que até vivi, mas não lembro.

Esse vazio é uma das poucas coisas na vida que consegue me calar a boca e amansar qualquer reação.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Singela

Sentada nessa cadeira azul eu fico olhando pros objetos, pro nada, segurando uma mecha de meus cabelos e cheirando... Ainda tem um cheiro bom, mas quero lava-los logo. Lava-los assim que chegar em casa à noite, depois de passar pelos obstáculos-animais que atendem - ou eram pra atender, na teoria - pelos nomes de Tom, Guga, Preta, Pitty e Banzé. É Banzé mesmo.

Onde estou só escuto o barulho da CPU do pc, só sinto meus pés quentes - depois de ficarem enxarcados pela chuva - , só vejo minha alma permanecer em silêncio e minha mente e coração desejarem um sorriso alheio.

Não é solidão, não é tristeza; bem longe. Estou quieta neste canto, estou muito bem aqui. Ás vezes gosto de ficar em silêncio comigo mesma. Final de ano... Bem que podia ter alguém aqui, pra me dizer qualquer coisa. Ou é melhor isto, apenas o barulho do CPU. Ou nem esse barulho.

O que quero? Não sei mais tanto. Carteirinhas (RG, CPF, inscrições), livros, curso, cursinho, grades, alternativas... Qual é a MINHA alternativa? Cansada demais pra pensar nisso.

É sexta-feira, pelo horário eu já poderia ter saído daqui há muito tempo... Há horas. Só que eu estou aqui. Aqui mesmo ou em pensamento aonde eu gostaria de estar? Estou aqui mesmo, apenas escrevendo o que vem à ponta dos dedos... Porque não sei onde gostaria de estar.

Tudo o que sei é que em tal hora sairei daqui, pra ir pra um lugar, do qual sairei tal hora e o ônibus rotineiro chegará a fim de eu desembarcar à algumas quadras dos meus cachorros e gatos.

Agora o silêncio daqui me incomoda. Já cansei de ficar sozinha. Meu corpo diz pra eu desligar de tudo e dormir. Não dá, tenho que ir. Um beijo.