Baixo novas músicas que me destraiam melhor no caminho igual de todo dia.
Reparo na disposição das ruas, talvez alguma tenha mudado, em meio à este centro movimentado.
Deslizo a bolinha do mouse pra cima e pra baixo, pra cima e pra baixo, como se fosse encontrar algo novo que me tirasse do tédio.
Pego linhas diferentes de ônibus que levam até meu destino, ás vezes conto o tempo pra ver a mais rápida, ás vezes troco de avenida pra variar o caminho.
Óh não, nem tudo são espinhos. Pra dar um gás está nascendo um novo ciso.
Nunca fui dotada de paciência. Percebo que a pouca existente se vai neste momento... Não vejo mais o que fazer pra fugir do estresse que minhas próprias escolhas - conscientes - me trouxeram.
Por isso muitas vezes pareço dormir de olhos abertos. Pra fingir que nem me importo de ter dias iguais, aborrecimentos iguais, sonolências iguais.
Independente de onde tudo me levar, torço pelo fim desse ciclo. Apesar de ser fascinada por fazer várias coisas ao mesmo tempo, hoje sinto na pele a consciência de que não se pode abraçar o mundo.
2 comentários:
O bizu e esvaziar o saco :)
Não se pode MESMO.
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