segunda-feira, 2 de março de 2009

Sem essa, baby

Eu gosto de fazer isso. Então, força de vontade e paciência pra me ler.

Fui batizada na igreja católica, e lá fiz a 1ª comunhão também. Não me bateu o coração fazer crisma, e não fiz. Há um tempo alguns amigos me convidam para ir até o grupo de jovens da igreja, mas eu também nunca me senti atraída. Porém sábado fui, no encontrão dos grupos. São quatro grupos, divididos mais ou menos por idade. "Meu grupo" usava preto, e eu uma blusa preta qualquer. É estranho, cara...

Porque detalhes são capazes de me repelir das coisas. Eu gostei das danças, das arriações. Mas nas pessoas dali (fora meus amigos), eu não vi um resquício de mim. Havia um cara que era tipo monitor de lá, que estudava pra ser padre... Esse cara foi um dos responsáveis por eu me sentir totalmente fora dali. As coisas ditas por ele e pelos outros organizadores, não eram coisas confortáveis. Me diziam o que fazer, impunham limites claros, queriam me fazer acreditar que só estarei a salvo se seguir essas regras subliminarmente impostas. Eu também percebia no ar e nas conversas, um tom extremamente inocente.E ele é realmente inocente, na maioria dos jovens de lá. Isso afeta consequentemente o humor das pessoas dali (fora os meus amigos), que com toda a certeza não tem nada a ver com o meu. Perdi aquele ar meses depois de minha comunhão, me vejo longe deles. Muito longe, meu lugar não é ali, gostando ou não das danças.

Em outrora o padre dali falava sobre as obrigações de um jovem, que tem que ver seus estudos e vida familiar como um trabalho, e tals. Ele citou a tarefa de arrumar a cama como algo que tem que ser feito, pois "é bonito ver as coisas arrumadas". Ora, pra ele e pra meio mundo pode ser bonito ter a cama e o quarto arrumados, mas por quê que pra mim e pra outra metade do mundo não pode ser normal, essa desordem? Não podemos nos sentir bem assim, na nossa bagunça em que sempre achamos o que procuramos? Minha organização me serve, corresponde A MIM. Só não quero que tentem enfiar na minha cabeça conceitos generalizados, fazer coisas porque é assim e assim tem de ser feito. Por ser assim, prefiro o assado.

Acredito no meu Deus e ele sabe. Nós nos entendemos, e pra mim o amor dele nunca foi cobrado.

Também no sábado, à noite, fui numa festa de 15 anos. Maravilhosa, a festa. No auge da festa - pra mim - , ouvi tocar uma das músicas que mais amo: Girls just wanna have fun, da Cindy Lauper. Foi a catarse. Mas, sendo Nathi até nesses momentos em que estou em êxtase, pensei...

A diversão, a satisfação, a alegria, - pelo menos pra mim - não pode vir de qualquer regra/costume/ordem imposta. Com pressão não se vem este tipo de sentimento. As coisas nascem naturalmente, portanto aqueles detalhes no discurso da igreja me repeliram.

♪ That's all they really want
Some fun
When the working day is done
Oh girls... They wanna have fun
Oh girls just wanna have fun ♪

Porque eu também, sou uma guria que só quer se divertir. Bóra escutar essa música?

Um comentário:

Unknown disse...

Bom. Amei a última frase.