Baita mão, Ceci. Regada à um pretinho quente, vestindo minha camisona do Inter e mais nada (bah, do tempo em que éramos patrocinados pela Adidas e Aplub), tô ouvindo Maybe tomorrow do Stereophonics pela trocégima vez. Ceci me emprestou uns exemplares da Noize, cuja eu só lia quando encontrava naqueles morrinhos de revistas de consultórios médicos. Tardiamente - ou não, já diria Tiago C. - descobri o jornalista Alisson Avila, a Camila Farina, diretora de projetos da "Maria Cultura" (perdoem a ignorância, não sei que porrinha é essa, com todo o respeito) e o escritor Marcelo Benvenutti.
A Camila falou sobre a comunicação em Cuba, totalmente controlada. E eu me junto a ela na pergunta com que ela fecha seu artigo: "Isolados estavam eles, ou estamos nós, no meio de tanta informação?"
Foi muito atraente a história de Marcelo B., contando um pedaço de uma noite (ou dia) qualquer, em Poa. Não havia nada de "Porra, olha isso!" mas trouxe algo muito honesto e cativante a tudo.
Mas quem me fez pensar "Nossa, olha que afudê que é esse cara, a visão dele, essa porra de artigo!" foi o Alisson Avila. Ao lado do título deste artigo havia a recomendação "Para ler ouvindo: Racionais mc's". É, eu não te dei a honra: Já perdi a conta do quanto escutei Maybe tomorrow;tá no repeat. Cara, o texto foi me levando, levando... Até que no auge da comparação dele com SP e Poa, ele citou os bairros Bela Vista, Menino Deus e Lindóia. Aí eu me senti com os olhos dele. Não, eu não moro nem morei em nenhum destes bairros, mas simplesmente amo o bairro Lindóia. Amo a maneira como as ruas são dispostas, as praças, os amigos de lá... Frequento. Ninguém paga o sol do entardecer batendo lá. Só eu sei o quanto isso me satisfaz.
Li e adorei ter lido o que invadiu meu cérebro. Só minha bunda que não apreciou muito, tô há horas aqui;relativamente parada.
Várias novas coisas entraram no meu pequeno quarto interno de conhecimento, vários conceitos novos, novos pontos de vista, aprendi pra caralho. Só não estou conseguindo transportar pra este lugar, escrevendo agora. Mas está sendo uma ótima e não convencional noite de sexta-feira: Baita mão, Ceci!
Maybe tomorrow de novo. Penso tantas coisas, tenho tantas sensações, sou uma guria muito viva. Extrema. Eu não caibo em mim. Eu quero é isso! Cara, não se tem noção do quanto eu aprendi achatando minha bunda nessa cama rodiada de revistas, e eu só quero esse gostinho de "tem gente viva que nem tu, guria!".
" ♪ So maybe tomorrow I'll find my way home... ♪ ". Estar VIVA, rindo ou chorando, sempre Nathi, fascinante, imponente! É, pessoas assim são propenças a sofrer mais, quando as coisas não vão bem. Mas ah, eu não quero me neutralizar, ser centrada nas emoções. Eu sou organizada quanto à isso, e assim eu já me basto. Façamos o diabo à quatro pelo que defendemos! E porra, vamo lá, vamo sentir, falar qualquer coisa, assistir o entardecer, sem muita leveza e sim muita entrega! Vamos dormir.
Um comentário:
Ninguém fora de Cuba pode entender Cuba. Tem algo de especial naquela ilha que é impossível de ser descrito e, portanto, impossível de ser imprensado.
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