Têm me faltado gás. Urgh...
Esbarro pelas coisas, pessoas, caminhos. Têm sido estranho. É como se já não fizesse sentido, isto é: hora de trocar de metas. Essas merdinhas de sonhos convencionais, já estão me enchendo. Tô ficando que nem o Tiago C., e ao saber disso ele fará de tudo pra que eu não me torne um Tiago. Certo que sim.
Digamos que tomar um chima bem acompanhada num final de tarde ainda faça sentido. Tenho alguém à essa altura, à altura desse pequeno desejo? Ainda não. Ainda...
Quero ser jornalista. Tenho saco pra controlar o próprio jornal que edito? Não, tanto é que agora só edito - edito... dou meus artigos, lá - , não mais produzo o caderno esportivo.
Tá faltando gás. Estava.
Ontem fui - pela quarta vez - na Feira do Livro deste ano, e finalmente comprei algo útil; um livro. Antes tinha feito um tererê e comprado um brinco - urgh... Tava ali, pagando o troço, quando através de um cutuco, (daqueles que se dá em quem tá na tua frente na fila de pagamento das contas) de uma mulher que me vira comprando o livro Cris, a fera, de David Coimbra, que me diz:
_Aproveita e pega um autógrafo dele!
Ele tava passando por ali, aí já abri meu celular e cheguei conversando, já. Tirei foto, recebi autógrafo. Cara, eu adoro demais aquele cara. Começamos a pequena conversa, e ele, olhando minha corrente com o pingente da letra N, tentou advinhar meu nome... Nara, Naiara?
_ Não, Nathália :)
_Eu sabia! ;)
Afirmei que ele era a melhor estrela móvel do Pretinho, e não tinha vez pro Neto. Ele, contente, exclama "Então diz isso pra eles!". Ainda escrevendo em meu exemplar, perguntou:
_Que mal lhe pergunte, Nathália... Quantos anos tu tens?
_17.
_Tem um jeito de madura.
Sorri, até ri um pouco. David Coimbra é um exemplo. Cresceu no IAPI, vila cuja eu estudo, porém não moro. Estudou em colégios de lá, dentre eles o meu, Becker. Dom João Becker. Escreve apaixonadamente bem, é editor do caderno esportivo da Zero Hora, apresenta o Café TVCom, participa do PB, tem colunas na ZH e comenta futebol no Bate Bola, na TVCom também. Ou seja, um exemplo e expoente no jornalismo.
Alguém ainda lembra do dia em que conheci Ribeiro Neto? Me senti assim. São dois exemplos pra mim, caras que fazem eu parar diante deles (no caso, diante do rádio/TV), escutá-los, rir com eles, achá-los os caras mais certos do mundo e pensar: Quero ser um pouco disso; ter um pouco disso em mim. E é conhecendo-os que isso renasce em mim.
Por acaso conheci muita gente inspiradora, até hoje. Outras tive que correr atrás de boas oportunidades para tal. Isso me faz um bem tão grande, poder conhecê-los e mostrar que existe uma guria que os admira muito, ao mesmo tempo em que eles me mostram que correr atrás do que se quer vale, sim, a pena.
Assim, recebi meu gás a mais.
2 comentários:
Ficou ótimo (!!!) o jeito com que montaste o texto.
Nem percebí como ficaste feliz... :}
Ribeiro Neto? Eu lembro! Ele disse que se tu quissesse mesmo fazer jornalismo era pra procurá-lo, algo assim não foi?
Buuuut, veja bem, amiga, não entendo como uma menina de 12 ano possa parecer madura... é estranho.
Huhauahuahauhauhaua, brincadeiirinha :] Beeijão.
Realmente, Nathi, eu faria de tudo pra não deixar que isso acontecesse. Mas que bom que teu gás já tá voltando, porque tu tem um futuro brilhante!
O meu, continuo procurando...
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